A sociedade vive em um quadro de insegurança, na busca de encontrar respostas que
justifiquem a violência, bem como, soluções para combater este problema que faz com que a
sociedade, de forma geral, passe a acreditar que em prol do bem da coletividade alguns
direitos e garantias individuais possam ser suprimidos. Dentro deste contexto, este trabalho
tem como objetivo buscar alternativas teóricas que justifique a prática humanizada do
procedimento de revista íntima em visitantes na Colônia Penal e Industrial de Maringá
(CPIM) e ainda buscar alternativas que humanizem e preservem os direitos da dignidade da
pessoa humana, durante a visita íntima das visitantes. Para tanto, o percurso utilizado se
pautará em campos teóricos dos direitos humanos, sistema prisional, democracia e, além
disso, estabelece ponderações e reflexões, embasadas na experiência relatada pela prática do
procedimento. Como resultado de nossas análises percebemos a existência da violação
humana tanto pela abertura interpretativa deixada pela própria legislação quanto pela cultura
que permeia o funcionamento da instituição prisional. Assim, o uso de instrumentos
tecnológicos aliado a outros mecanismos, como serviço de inteligência e realização da revista
intima somente em presos, pode ser uma das soluções para o fim da revista íntima vexatória.