Um dos mais desafiadores temas da
democracia ocidental localiza-se no frágil equilíbrio entre a consolidação de
direitos historicamente conquistados
e a administração de um insustentável
Sistema de Justiça. Seus extremos – Polícia e Sistema Penitenciário – expressam
o mais evidente descolamento entre o
respeito aos Direitos universais versus
um tratamento seletivo e violento, que
retrata e reafirma as desigualdades sociais e de direitos em nosso país.
Apesar de cumprirem sistemática
semelhante e intensamente estudada,
a atuação policial não corresponde ao
foco desta reflexão cuja ênfase se estabelece no Sistema Prisional, ou talvez
mais bem colocado no questionamento sobre a cultura de encarceramento
massivo, cenário de graves violações de
direitos humanos e símbolo do fracasso
das agendas de prevenção às violências
e garantias da cidadania.