A dependência química vem se tornando cada vez
mais um paradigma para pais, profissionais da saúde,
educadores, gerenciadores de políticas públicas, legisladores, enfim, para toda a sociedade. O impacto social,
econômico e para a saúde decorrente desse transtorno é
realmente imenso.
Nos Estados Unidos da América (EUA), por exemplo, os custos diretos com o tratamento da dependência
química estão na ordem de $18 bilhões, enquanto os
custos anuais para a sociedade em decorrência de problemas relacionados ao consumo de álcool e outras
drogas já foram estimados em mais de $410 bilhões.
No Brasil, apesar de poucos dados científicos a respeito do impacto econômico do uso de drogas, sabe -se
que, na prática, muitos pais, desesperados com a situação da dependência química em seus lares, acabam por
gastar grande parte de seus parcos recursos financeiros
para custear o tratamento de familiares, muitas vezes
tendo de, inclusive, desfazer -se de seus bens. Com a epidemia do crack, tal realidade é duplamente verdadeira:
ao mesmo tempo em que é fato que nem todos os usuários dessa droga são pobres, ou seja, trata -se de uma
epidemia atual sem barreiras socioeconômicas, o crack
acaba por empobrecer a todos.