A Educação prisional tem evoluído no campo educacional com a contribuição
conceitual da Pedagogia Social. Este texto versa sobre a formação dos pedagogos que
atuam no sistema penitenciário do estado do Paraná. Assim, definimos como objetivo
específico deste artigo analisar a prática pedagógica desenvolvida pelos pedagogos
que atuam em unidades penais para, então, perseguir o objetivo geral de sistematizar
princípios orientadores para a sua formação. Desenvolve-se numa abordagem qualitativa,
apoiada no eixo epistemológico da teoria como expressão da prática (MARTINS, 2009),
e toma como objeto de estudo a formação do pedagogo para o sistema prisional. Foram
utilizados como instrumentos de coleta de dados o questionário semiestruturado e a
entrevista episódica, aplicados a trinta e seis pedagogos dos regimes fechado, semiaberto
e aberto do sistema penitenciário paranaense. Como referencial teórico foram adotadas
concepções teorizadas por Brzezinski (1996); Garcia (2013); Gentili (1995); Julião
(2012, 2014); Libâneo (2004); Martins (2009); Nóvoa (2014); Pimenta (2006);
Romanowiski (2014); Saviani (2008, 2009), Silva (2003); Thompson (1981) e Vásquez
(2007). O estudo possibilitou a sistematização de indicadores da formação do pedagogo
para o sistema prisional: formação na e pela prática; afirmação da experiência como
referência e da teoria como expressão da prática; estudos centrados nas especificidades
do contexto prisional; formação permanente direcionada e em articulação com os demais
profissionais que atuam nas unidades penais; formação de caráter político no sentido
de assumir a condição de defensor dos direitos humanos em sua prática e na defesa do
direito à educação.