O artigo que se apresenta tem a intenção de tecer algumas reflexões sobre formação de
professores que atuam em espaços de privação de liberdade, considerando a complexidade da tarefa
pedagógica e os saberes necessários para o exercício da docência entre as grades. Inserida em um espaço
repressivo, a escola na prisão deve potencializar práticas emancipadoras de educação e o professor se
constitui como ator fundamental nesse processo. Com base em referenciais teóricos que abordam as
particularidades do contexto prisional e a formação de professores, as reflexões propostas sinalizam a
necessária formação específica na modalidade da EJA e de formação continuada, com momentos reflexivos
de compartilhamento de experiências com os pares, de ambientação para lidar com as contingências
do espaço e de práticas educativas embasadas nas vivências dos educandos e que contribuam para a
construção de projetos de vida.