PARECER HOMOLOGADO DESPACHO DO MINISTRO, PUBLICADO NO D.O.U. DE 7/5/2010, SEÇÃO 1, PÁG. 28.
Em 19 de maio de 2009, foi protocolado no Conselho Nacional de Educação (CNE) o
Processo nº 23000.019917/2008-49, pelo qual o Senhor Secretário de Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade, do Ministério da Educação, encaminhou pedido para que este
colegiado estabelecesse um marco normativo, mediante elaboração e aprovação de Diretrizes
Nacionais para a oferta de educação para jovens e adultos em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais brasileiros. Anexou, como subsídio para apreciação do CNE
uma proposta de Minuta de Resolução, na qual buscou agregar as sugestões dos diferentes
atores até então acumuladas como resultado de debates em diversas reuniões e seminários realizados sobre o assunto no país.
Após um amplo diálogo realizado pelo Governo Federal desde 2005, por meio dos
Ministérios da Educação e da Justiça, com o apoio da UNESCO e da Organização dos
Estados Iberoamericanos, com as Unidades da Federação, por intermédio das Secretarias de
Educação, com os órgãos responsáveis pela administração penitenciária e com a expressiva
participação da sociedade civil organizada, dos Fóruns de EJA, Pastoral Carcerária,
Organizações Não-Governamentais, egressos e até mesmo internos de estabelecimentos
penais do regime semi-aberto e aberto, além de pesquisadores mediante Seminários Regionais
e dois Seminários Nacionais pela Educação nas Prisões (2006 e 2007), foi possível produzir
um conjunto de sugestões para que o Conselho Nacional de Políticas Criminais e
Penitenciárias (CNPCP), vinculado ao Ministério da Justiça, e este Conselho Nacional de
Educação elaborassem Diretrizes Nacionais para a oferta de educação para jovens e adultos
em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais.